sexta-feira, 10 de junho de 2016

Museu do Holocausto

Ao iniciar o julgamento de Adolf Eichmann (preso em Jerusalém, em 1961), o procurador do Estado de Israel Guideon Hansner declarou: “Estou aqui hoje para falar em nome de seis milhões de judeus que não podem mais se manifestar”. A inauguração do primeiro Museu do Holocausto no Brasil representa uma sensação equivalente, ao ceder a palavra e contar histórias dos que pereceram e dos que sobreviveram ao genocídio.
Histórias que não podem ser esquecidas e que devem ser transmitidas às próximas gerações. Foi com esse objetivo que nasceu o Museu do Holocausto de Curitiba. Inaugurado oficialmente em novembro de 2011, recebe semanalmente cerca de 700 pessoas, entre adultos e alunos de escolas públicas e particulares, num espaço de 400 m².
Com uma vocação educativa e linha pedagógica bem definida, mostra os acontecimentos da guerra através de histórias de vítimas que possuem ligação com Brasil ou Paraná. Trata-se de uma ferramenta contra a desumanização nazista, humanizando as vítimas e ressaltando a “vida”.
Também destaca a luta contra a intolerância, o ódio, a discriminação, o racismo e o bullying, tão relevante nos dias de hoje e fundamental para que o interesse pelas visitas fosse disseminado.
O Museu do Holocausto em Curitiba não cumpriria sua missão se não promovesse uma discussão abrangente sobre o preconceito e a violência ao longo dos séculos XX e XXI. Simon Wiesenthal dizia que os sobreviventes devem ser como sismógrafos para detectar essas ameaças. Nós também podemos funcionar como sismógrafos, desde que conheçamos nossa própria história. Essa é uma das mensagens que o Museu deixa ao público curitibano, paranaense e brasileiro: que a humanidade aprenda a conviver melhor e a respeitar as diferenças de cor, fé, etnia ou posições políticas.

Foto tirada pelo docente Fabricio Medeiros com permissão dos funcionários do Museu
A visitação no Museu do Holocausto ocorreu no dia 05/06/2016 no período da manhã durante a VT de Curitiba, a visitação só foi possível graças a persistência da aluna Julia Carvalho do blog PoliTurismo, pois foi quem ficou responsável pela visitação no local, mas como o Museu do Holocausto é muito rígido com segurança só é permitido a visitação com o agendamento antecipado no site, na aula preparatória faltando apenas duas semanas para a VT a aluna pegou os documentos dos docentes e alunos para tentar agendar a turma, e mesmo constando que não havia disponibilidade de vagas a aluna Julia conseguiu a visitação para a turma.

Nove entre os dezessete alunos da turma se voluntariaram para a exposição Aprendendo com Anne Frank - histórias que ensinam valores que ocorreu no Senac Piracicaba no mês de maio de 2016. A visitação no Museu do Holocausto contribuiu para uma visão ainda mais ampla e uma compreensão maior para nós, pois durante o guiamento da exposição nós atendemos adultos e alunos de escolas públicas e particulares, e para isso nos preparamos com muito estudo sobre o período da Segunda Guerra Mundial, Nazismo e o Holocausto, mas quando estávamos ali no Museu foi uma percepção mais profunda sobre o acontecimento, e podendo dizer em nome de todos os alunos, saímos muito abalados por saber que tantas pessoas sofreram momentos cruéis e por saber que a crueldade ainda vive em nosso mundo.

Frase Anne Frank (Foto do Tour Virtual pelo site do Museu)
Poema de Haim Guri - Resistiu (Foto do Tour Virtual pelo site do Museu)
Uma curiosidade interessante do Museu do Holocausto é que consideram sobrevivente todos aqueles que foram deslocados, perseguidos ou discriminados pelos nazistas e seus colaboradores entre 1933 e 1945. Não precisam ter passado necessariamente pela Segunda Guerra Mundial, guetos ou campos de concentração.
No local é bem-vindo todos aqueles que gostariam de compartilhar sua história, foi elaborado um formulário baseado no trabalho realizado há 20 anos pelo Museu do Holocausto de Washington, instituição que firmou parceria educativa em maio de 2014.

As imagens a seguir são escaner de materiais ganhados durante a visitação no Museu do Holocausto:



As imagens acima são do formulário de registro que há no Museu, mas também é possivel registrar a história de sobreviventes pelo site.


Esse material conta a história de uma pessoa real
 que viveu durante o Holocausto.
Há 34 formulários de sobreviventes, e pensando na educação foi elaborado um material constando o relato desses sobreviventes para entregar aos visitantes, esse material normalmente é distribuído para grupos escolares, pois assim os professores poderão discutir em sala de aula sobre histórias reais e de pessoas que imigraram para o Brasil como Sara GoldsTein:







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