segunda-feira, 13 de junho de 2016

Ultima Visita Técnica: Curitiba - Paraná

A VT de Curitiba - Paraná teve duração de 42h, saímos as 5h30 do dia 04 de junho de 2016 do Senac Piracicaba para o Aeroporto Internacional Viracopos localizado em Campinas, pegamos o voo das 8h40 para Curitiba e desembarcamos por volta das 9h30 onde o Guia local Leandro já estava a nossa espera no Aeroporto Internacional Afonso Pena localizado em São José dos Pinhais que dá aproximadamente 30m de Curitiba. O hotel em que ficamos hospedados chama-se Go Inn e havia uma equipe de profissionais qualificados para nos atender.



Docentes Sandra Zotelli e Fabricio Medeiros com alunos no Jardim Botânico de Curitiba
Parque Tanguá



Sábado 04/06/2016
 Nosso roteiro incluiu:

História do Aeroporto Viracopos
História de Curitiba
Jardim Botânico
Estação Rodoferroviária
Mercado Municipal
Centro Cultural Teatro Guiara
Prédio Histórico da UFPR
Passeio Público
Memorial Árabe
Centro Cívico
Mural das Cataratas do Iguaçu
MON - Museu Oscar Niemeyer
Bosque do Papa
Ópera de Arame
Parque Tanguá
Parque Tingui - Memorial Ucraniano
Bosque do Alemão
Vinícola Durigan

Foto na Torre Panorâmica 
História de Curitiba: Sua fundação oficial data de 29 de março de 1693, quando foi criada a Câmara. No século XVII, sua principal atividade econômica era a mineração e agricultura. O ciclo seguinte, que perdurou pelos séculos XVIII e XIX, foi o da atividade tropeira, derivada da pecuária. Tropeiros eram condutores de gado que circulavam entre Viamão, no Rio Grande do Sul, e a Feira de Sorocaba, em São Paulo, conduzindo gado cujo destino final eram as Minas Gerais. O longo caminho e as intempéries faziam com que os tropeiros fizessem invernadas, à espera do fim dos invernos rigorosos, em fazendas como as localizadas nos "campos de Curitiba". Aos tropeiros se devem costumes como o fogo de chão para assar a carne e contar "causos", a fala escandida - o sotaque leitE quentE -, o chimarrão (erva-mate com água quente, na cuia, porque os índios a utilizavam na forma de tererê, com água fria), o uso de ponchos de lã, a abertura de caminhos e a formação de povoados. 
No final do século XIX, com o ciclo da erva-mate e da madeira em expansão, dois acontecimentos foram bem marcantes: a chegada em massa de imigrantes europeus e a construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, ligando o Litoral ao Primeiro Planalto paranaense. 
Os imigrantes - europeus e de outros continentes -, ao longo do século XX, deram nova conotação ao cotidiano de Curitiba. Seus modos de ser e de fazer se incorporaram de tal maneira à cidade que hoje são bem curitibanas festas cívicas e religiosas de diversas etnias, dança, música, culinária, expressões e a memória dos antepassados. Esta é representada nos diversos memoriais da imigração, em espaços públicos como parques e bosques municipais. 
A "mítica imigrante do trabalho" (observação do poeta Paulo Leminski, falecido no século passado) aliada a gestões municipais sem quebra de continuidade, acabou criando uma Curitiba planejada - e premiada internacionalmente, em gestão urbana, meio ambiente e transporte coletivo. 
A capital do Estado do Paraná, formada num altiplano 934 metros acima do nível do mar, carente de marcos de paisagem oferecidos pela natureza, acabou criando suas principais referências pela ciência e pela mão humana. 
No século XX, no cenário da cidade planejada, a indústria se agregou com força ao perfil econômico antes embasado nas atividades comerciais e do setor de serviços. A cidade enfrentou, especialmente nos anos 1970, a urbanização acelerada, em grande parte provocada pelas migrações do campo, oriundas da substituição da mão-de-obra agrícola pelas máquinas. 
Curitiba enfrenta agora o desafio de grande metrópole, onde a questão urbana é repensada sob o enfoque humanista de que a cidade é primordialmente de quem nela vive. Seu povo, um admirável cadinho que reuniu estrangeiros de todas as partes do mundo e brasileiros de todos os recantos, ensina no dia-a-dia a arte do encontro e da convivência. Curitiba renasce a cada dia com a esperança e o trabalho nas veias, como nas alvoradas de seus pioneiros.

Centro Cívico (Alice)


Centro Cívico é um bairro do município brasileiro de Curitiba, capital do estado do Paraná, onde os principais prédios governamentais estão localizados.
O nome significa Centro do Cidadão ou, com uma interpretação mais dirigida, centro onde se resolvem os assuntos relacionados ao cidadão.
Em 2011, o Centro Cívico foi tombado como conjunto urbano e arquitetônico. Estão desta forma protegidos os edifícios do eixo central da Avenida Cândido de Abreu, incluindo a Praça 19 de Dezem­­bro, o Colégio Esta­dual Tiradentes, os edifícios do Tribunais de Justiça, de Contas e do Júri, o Palácio Iguaçu, o Museu Oscar Niemeyer e a Praça Nossa Senhora de Salette.
O nome atual do bairro surgiu durante os anos 40, quando o urbanista francês Alfred Agache, dentro de suas propostas para o novo Plano Urbano de Curitiba, propôs a criação do Centro Cívico. O Plano Agache concebia a área como uma praça de características especiais, de edifícios destinados aos altos órgãos da administração Estadual, que além da função de centro de comando, pudesse bem denominar-se como a "sala de visita da cidade", apresentando um conjunto de arquitetura especial em harmonia com o tratamento paisagístico da ampla praça central.
No início dos anos 50, o engenheiro civil Bento Munhoz da Rocha Neto assumiu o governo do Estado e resolveu concretizar a ideia de destinar um local especial aos altos órgãos da administração Estadual. Sua ideia era de marcar o centenário de criação do Estado do Paraná, que ocorreria em 1953, com a inauguração de uma série de prédios públicos (entre os quais, além do Centro Cívico, o Teatro Guaíra e a Biblioteca Pública do Paraná). Dava-se início à construção do primeiro Centro Cívico do Brasil. Oficialmente, a Praça Dezenove de Dezembro está no território do bairro Centro. No entanto, por ser um dos marcos das comemorações do Centenário de Emancipação política do Paraná, sua identidade está ligada ao nome posteriormente adotado.
O projeto nasceu inspirada nos “civic centers” americanos, e foi o primeiro do Brasil. O Palácio Iguaçu é a principal construção do centro administrativo da cidade de Curitiba, bem como o centro administrativo do estado do Paraná.
No início da década de 1950, as obras do Centro Cívico eram tema de discussões acirradas na imprensa, na classe política e entre a população. Era comum a visita de estudantes de Engenharia de diversas universidades do Brasil, tamanha a repercussão do projeto. Havia inclusive um livro de assinaturas no terreno das obras, onde visitantes ilustres podiam deixar depoimentos, a grande parte elogiosos – que depois eram divulgados na imprensa e comemorados pelo governo estadual. Por outro lado, parte da imprensa e dos paranaenses criticavam a suntuosidade das obras, chamadas de “palácios da elite”. 
Em 1951 as obras foram iniciadas, sob coordenação do arquiteto curitibano David Xavier de Azambuja e, em 1953, durante as comemorações do Centenário da Emancipação Política do Paraná, o então governador Bento Munhoz da Rocha Neto inaugurava o espeço, mas somente em 1968 o bairro recebeu oficialmente o seu atual nome.

Embora o Centro Cívico de Curitiba não concentre todas as Secretarias de Estado estaduais, conforme idealizava o Plano original (secretarias como as de Fazenda, Saúde e Educação estão em outros bairros), a inauguração do Palácio das Araucárias em 2007 e a posterior reforma do Palácio Iguaçu revitalizaram o bairro como sede dos principais órgãos do Governo Estadual.
Atualmente, ao redor da Praça Nossa Senhora de Salette, no coração do Centro Cívico, localizam-se:
·         Palácio Iguaçu, sede do Poder Executivo Estadual;
·         Assembleia Legislativa do Paraná, sede do Poder Legislativo Estadual;
·         Tribunal de Justiça do Paraná, sede do Poder Judiciário Estadual;
·         Tribunal de Contas do Estado do Paraná, órgão vinculado à Assembleia Legislativa;
·         Palácio das Araucárias, sede das Secretarias Estaduais de Administração, Planejamento, Justiça e Casa Civil;
·         Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura Municipal de Curitiba, capital do Estado do Paraná.
Mapa do Centro Cívico
http://www.curitiba-parana.net/mapas/centro-civico.htm

Tudo começou quando Flora Madalosso, filha de um casal italiano, pediu para seu pai comprar um restaurante, ele vendeu um terreno e comprou. No dia 02 de abril de 1970, o Restaurante Novo Madalosso foi inaugurado com 400 lugares e dois salões, Roma e Verona. O sucesso e o prestígio dos restaurantes não pararam de aumentar e logo a família passou a receber turistas de todo país. Em 1973 inauguraram o Salão Milano, com capacidade para até 120 pessoas. Em 1974, abriram o Salão Firenze com capacidade para mais de 800 pessoas. Foi justamente nessa época que o Restaurante Madalosso começou a ficar conhecido no Brasil e em alguns países da América Latina, como Paraguai e Argentina.
A partir de 1980 o prestígio do Restaurante não parava de crescer e os eventos encomendados no local exigiam cada vez mais espaço. Percebeu-se, então, a necessidade de abrir mais uma nova sala que é o salão Nápoli, com capacidade de acolher mais de 1.500 pessoas.
Em 1995 o Madalosso recebeu o título de maior restaurante das Américas, entrando para o Guiness Book, o livro oficial dos Records, com um total de 4.645 lugares e uma área total de 7.671 metros quadrados.Em 2007 o restaurante ganhou diversos prêmios e o Título do Governo Italiano, e no mesmo ano atendendo à grande demanda de clientes e turistas, surge a Vila Madalosso. A loja comercializa artesanato nacional e importado, além de uma grande variedade de bebidas, como o vinho próprio Madalosso, (licores e cachaças), bolsas, flores e bijuterias.
Hoje é um dos atrativos turísticos de Curitiba, a passagem nele já é quase obrigatória, tanto pela grande beleza quanto pelas delícias servidas lá.


http://www.madalosso.com.br/
Obs: Nosso almoço foi na Churrascaria Boi dourado e nosso jantar no grandioso Madalosso o maior restaurante da América do Sul, tivemos o privilégio de conhecer a fundadora e proprietária Sra Flora Madalosso, e ela com sua simplicidade e humildade nos concedeu uma breve conversa onde foi perguntado: qual o segredo do sucesso? Prontamente ela respondeu: persistência, honestidade e Fé.



Bosque do Papa
Memorial da Imigração Polonesa (Marcela)



Em 13 de dezembro de 1980, após a visita do João Paulo II, foi criado no Centro Cívico o Bosque que leva seu nome. A área Faz parte da desapropriação, pelo governo estadual, a qual envolvia a antiga Fábrica de velas Esteariana, cedida através de convenio a Prefeitura de Curitiba, que se responsabilizou pela implantação, neste local, do Memorial da Imigração Polonesa, composto hoje por sete casas originais.
Os primeiros imigrantes poloneses que vieram para o Brasil fizeram-no em caráter individual. Na primeira metade do século XIX o número desses imigrantes já era significativo. Entre eles encontravam-se Edmundo Sebastião Wos Saporski e o Pe e Antônio Zirlinski, inspirados pela obra colonizadora dos alemães na então província de Santa Catarina, eles planejaram a vinda de imigrantes poloneses para colonizar o Brasil. Em 1869, o primeiro grupo desses imigrantes, composto de 32 famílias, estabeleceu-se em Brusque, Santa Catarina. Dois anos mais tarde. Em 1871, esses imigrantes fixaram-se nos arredores de Curitiba, na localidade de Pilarzinho (atual bairro da cidade).  
Nos anos seguintes os imigrantes poloneses fundaram outros núcleos. No final do século XIX a colonização polonesa já se havia espalhado pelo interior do Paraná e nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Os 130 mil imigrantes poloneses que se fixaram no Brasil entre meados do século XX constituem, entre os grupos imigratórios que contribuíram para a formação da população brasileira, o sexto contingente (após os italianos, portugueses, espanhóis, alemães e japoneses) ou o sétimo, se considerarmos o contingente populacional formado pelos escravos negros (imigrantes involuntários) trazidos os Brasil. A parcela da população brasileira com raízes étnicas polonesas é calculada hoje em cerca de 2 milhões de habitantes, ou seja 1% da população brasileira. Quase a metade deles vive no Paraná. Nesse estado, os habitantes que possuem algum tipo de vínculo com os imigrantes vindos da Polônia constituem cerca de 10% da população.

As casas que podem ser vistas no Memorial da imigração polonesa constituem um testemunho cultural, histórico e social que retrata a vidados imigrantes poloneses que para cá vieram em busca de uma vida melhor e que com a sua presença e com o seu trabalho contribuíram significamente para a consolidação de uma nova pátria no Brasil.

Casa 1 – Capela da Nossa Senhora de Czestochowa
Casa 2 – Paiol
Casa 3 – Museu da Habitação
Casa 4 – Administração e Quiosque
Casa 5 – Przepiura
Casa 6 – Eventos
Casa 7 – Casa Furman







Danuta Lisick de Abreu, imigrante polonesa que cuida do Bosque do Papa desde 1980

Domingo 05/06/2016
Nosso roteiro incluiu:

Feira do Largo da Ordem
Mesquita
Memorial de Curitiba
Estátua Equestre – Cavalo Babão
Museu Paranaense
Belvedere
Ruinas de São Francisco
Igreja Presbiteriana
Torre Panorâmica
Teatro HSBC
Praça Tiradentes
Paço da Liberdade
Calçadão da Boca Maldita
Museu do Expedicionário
Igreja do Rosário dos Pretos de são Benedito

 Catedral Metropolitana de Curitiba (Alice)


A Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais - ou Catedral Metropolitana de Curitiba, está localizada na Praça Tiradentes, local onde surgiu e nasceu Curitiba, antigamente havia a no local a Igreja Matriz, uma construção de pedra e barro que foi concluída em 1721, mas nos anos de 1875 a 1880 foi demolida para que finalmente fosse edificada a atual Catedral. Ela foi construída de 1876 a 1893, em estilo neogótico, inspirada na Catedral da Sé de Barcelona, na Espanha. As pinturas existentes são dos artistas italianos Carlos Garbaccio e Anacleto Garbaccio. A autoria do projeto é atribuída ao arquiteto francês Alphonse Conde des Plas, com pequenas modificações feitas pelo engenheiro Giovani Lazzarini , responsável pela execução da obra.
No projeto original, uma torre comportaria um sino e um relógio, enquanto a outra um observatório meteorológico dotado com um barômetro, instrumento que indica a pressão atmosférica, a altitude e prováveis mudanças do tempo, que jamais foi instalado pelos altos custos.
Em 1947 foi construído um anexo. Esta ampliação impede que o Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional reconheça a Catedral como patrimônio histórico. Porém é uma unidade de interesse de preservação municipal.
Houve uma restauração que foi finalizada em 2012, foi a mais profunda e detalhada restauração do templo, devolvendo-lhe as cores originais.
Nesta etapa, algumas características até então desconhecidas ou esquecidas foram descobertas, como um poço de nove metros no altar, que provavelmente abastecia a primeira igreja e tornou-se uma atração após ser iluminado e coberto com um tampo de vidro. No seu interior existem vitrais, doados por famílias tradicionais de Curitiba, móveis e púlpitos em alto relevo.
É Catedral Basílica Menor desde 8 de setembro de 1993, quando completou 100 anos.
Diariamente é celebrado missa, e realiza cerca de 50 confissões diárias e já realizou em média vinte mil casamentos desde a sua fundação. A área total possui 3.087 metros quadrados e tem capacidade para receber 480 fiéis sentados, porém há domingos que a igreja chega a receber cerca de mil pessoas.
Como suas antecessoras, a Catedral é dedicada e abriga a imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Padroeira de Curitiba.

http://jessicaavila.com.br/v1/igrejas-para-casamento-catedral-metropolitana-de-curitiba/
(Interior da Catedral)  http://contandoashoras.com/2015/05/20/curitiba-catedral-metropolitana/
(Nossa Senhora da Luz dos Pinhais) http://www.padrereginaldomanzotti.org.br/eventos/galeria?fid=1031


A imagem oficial da padroeira, mostra a Virgem com o Menino Jesus no braço esquerdo e um cetro na mão direita, origem do facho de luz, e uma bola azul na mão da criança que representa o mundo.Ao todo, três esculturas sacras já passaram pelo posto, sendo que uma pertence ao acervo do Museu Paranaense e a outra está no Museu de Arte Sacra. A atual ocupa o posto há mais de 100 anos desde que o templo da basílica foi inaugurado.


Praça e Museu do Expedicionário (Marcela)


P-47 usado na Segunda Guerra Mundial 
A Praça do Expedicionário é uma homenagem aos soldados brasileiros que participaram da Segunda Guerra Mundial. Com 900 m² de área, a praça possui vários equipamentos que foram utilizados na guerra como: um tanque, uma âncora, um avião, um torpedo e um canhão que representam as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).
Na frente dos três mastros das bandeiras a uma lápide que registra os nomes dos vinte e oito veteranos paranaenses mortos em combate, está uma homenagem da LPE (legião paranaense do Expedicionário). Uma escultura em pedra sabão representa uma patrulha da infantaria em ação. Ela está no alto do prédio que fica o Museu do Expedicionário. Seu acervo é composto por livros, filmes, fotografias, mapas, ilustrações, materiais bélicos e uniformes militares, entre outros. 




Museu do Expedicionário: O Museu busca divulgar e difundir, para fins educativos, a participação histórica do Brasil na Segunda Guerra Mundial, por meio da preservação de documentos e artefatos de guerra. Com uma área de 1.264,90 m², atualmente é referência nacional nesse sentido e tem o mais significativo acervo sobre o tema.
Sua origem data de 1951, já que, antes de se tornar museu, a construção era utilizada como um espaço de auxílio para os ex-combatentes, onde eram oferecidos serviços de apoio nas áreas médica, odontológica, social, previdenciária, entre outras.
Esse local, mantido pela Legião Paranaense do Expedicionário, era denominado Sala Tenente Max Wolf Filho, onde se guardavam objetos e lembranças trazidos da guerra pelos expedicionários. Esse espaço era chamado de “museu”, mas na verdade era uma espécie de sala de memórias.
Em 17 de agosto de 1978, quando os serviços de assistência social aos ex-combatentes deixaram de ser necessários, decidiu-se transformar essa sala na atividade principal da Casa. A ampliação do espaço começou sem alterar as características do edifício, seguindo o princípio de organização do acervo e abertura à visitação pública.
Em 19 de dezembro de 1980 foi inaugurado em definitivo o Museu do Expedicionário em sua configuração atual, a partir de um convênio entre a Legião Paranaense do Expedicionário e a então Secretaria de Estado da Cultura e do Esporte do Paraná.
Até hoje, cabe ao governo estadual promover a proteção, o acesso, a pesquisa e a ampliação do patrimônio, bem como a responsabilidade sobre os serviços técnicos, administrativos, de pessoal, manutenção física e conservação das peças componentes do acervo.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Museu do Holocausto

Ao iniciar o julgamento de Adolf Eichmann (preso em Jerusalém, em 1961), o procurador do Estado de Israel Guideon Hansner declarou: “Estou aqui hoje para falar em nome de seis milhões de judeus que não podem mais se manifestar”. A inauguração do primeiro Museu do Holocausto no Brasil representa uma sensação equivalente, ao ceder a palavra e contar histórias dos que pereceram e dos que sobreviveram ao genocídio.
Histórias que não podem ser esquecidas e que devem ser transmitidas às próximas gerações. Foi com esse objetivo que nasceu o Museu do Holocausto de Curitiba. Inaugurado oficialmente em novembro de 2011, recebe semanalmente cerca de 700 pessoas, entre adultos e alunos de escolas públicas e particulares, num espaço de 400 m².
Com uma vocação educativa e linha pedagógica bem definida, mostra os acontecimentos da guerra através de histórias de vítimas que possuem ligação com Brasil ou Paraná. Trata-se de uma ferramenta contra a desumanização nazista, humanizando as vítimas e ressaltando a “vida”.
Também destaca a luta contra a intolerância, o ódio, a discriminação, o racismo e o bullying, tão relevante nos dias de hoje e fundamental para que o interesse pelas visitas fosse disseminado.
O Museu do Holocausto em Curitiba não cumpriria sua missão se não promovesse uma discussão abrangente sobre o preconceito e a violência ao longo dos séculos XX e XXI. Simon Wiesenthal dizia que os sobreviventes devem ser como sismógrafos para detectar essas ameaças. Nós também podemos funcionar como sismógrafos, desde que conheçamos nossa própria história. Essa é uma das mensagens que o Museu deixa ao público curitibano, paranaense e brasileiro: que a humanidade aprenda a conviver melhor e a respeitar as diferenças de cor, fé, etnia ou posições políticas.

Foto tirada pelo docente Fabricio Medeiros com permissão dos funcionários do Museu
A visitação no Museu do Holocausto ocorreu no dia 05/06/2016 no período da manhã durante a VT de Curitiba, a visitação só foi possível graças a persistência da aluna Julia Carvalho do blog PoliTurismo, pois foi quem ficou responsável pela visitação no local, mas como o Museu do Holocausto é muito rígido com segurança só é permitido a visitação com o agendamento antecipado no site, na aula preparatória faltando apenas duas semanas para a VT a aluna pegou os documentos dos docentes e alunos para tentar agendar a turma, e mesmo constando que não havia disponibilidade de vagas a aluna Julia conseguiu a visitação para a turma.

Nove entre os dezessete alunos da turma se voluntariaram para a exposição Aprendendo com Anne Frank - histórias que ensinam valores que ocorreu no Senac Piracicaba no mês de maio de 2016. A visitação no Museu do Holocausto contribuiu para uma visão ainda mais ampla e uma compreensão maior para nós, pois durante o guiamento da exposição nós atendemos adultos e alunos de escolas públicas e particulares, e para isso nos preparamos com muito estudo sobre o período da Segunda Guerra Mundial, Nazismo e o Holocausto, mas quando estávamos ali no Museu foi uma percepção mais profunda sobre o acontecimento, e podendo dizer em nome de todos os alunos, saímos muito abalados por saber que tantas pessoas sofreram momentos cruéis e por saber que a crueldade ainda vive em nosso mundo.

Frase Anne Frank (Foto do Tour Virtual pelo site do Museu)
Poema de Haim Guri - Resistiu (Foto do Tour Virtual pelo site do Museu)
Uma curiosidade interessante do Museu do Holocausto é que consideram sobrevivente todos aqueles que foram deslocados, perseguidos ou discriminados pelos nazistas e seus colaboradores entre 1933 e 1945. Não precisam ter passado necessariamente pela Segunda Guerra Mundial, guetos ou campos de concentração.
No local é bem-vindo todos aqueles que gostariam de compartilhar sua história, foi elaborado um formulário baseado no trabalho realizado há 20 anos pelo Museu do Holocausto de Washington, instituição que firmou parceria educativa em maio de 2014.

As imagens a seguir são escaner de materiais ganhados durante a visitação no Museu do Holocausto:



As imagens acima são do formulário de registro que há no Museu, mas também é possivel registrar a história de sobreviventes pelo site.


Esse material conta a história de uma pessoa real
 que viveu durante o Holocausto.
Há 34 formulários de sobreviventes, e pensando na educação foi elaborado um material constando o relato desses sobreviventes para entregar aos visitantes, esse material normalmente é distribuído para grupos escolares, pois assim os professores poderão discutir em sala de aula sobre histórias reais e de pessoas que imigraram para o Brasil como Sara GoldsTein:







quarta-feira, 1 de junho de 2016

Exposição: Aprendendo com Anne Frank - histórias que ensinam valores


A exposição Aprendendo com Anne Frank - histórias que ensinam valores, passou em unidades da capital e do interior e percorrera pelas 56 bibliotecas do Senac São Paulo até o final do anoEm maio de 2016 chegou ao Senac Piracicaba onde permaneceu por 20 dias.

Essa exposição que retrata a história da adolescente Anne Frank durante a Segunda Guerra Mundial, apresenta fatos importantes da vida de Anne; as pessoas que a ajudaram e a cidade de Amsterdã com o Anexo Secreto. 


Na ocasião, os visitantes puderam assistir a vídeos e documentos históricos, que auxiliam na compreensão desses acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, sobre Nazismo e o Holocausto e o impacto dos mesmos na atualidade.


Aprendendo com Anne Frank - histórias que ensinam valores é uma exposição que traz para o visitante um exercício de reflexão sobre os acontecimentos do Holocausto e alerta para a corresponsabilidade de cada indivíduo na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica.



Toda a exposição foi guiada pelos alunos do curso Técnico em Guia de Turismo e a equipe da biblioteca. Preparamos o guiamento pelos andares da unidade Senac com imagens e explicações desse período, e os alunos do curso de Artes Dramáticas fez intervenções teatrais.


Alunos do curso técnico em Guia de Turismo da tarde e alunos do curso Técnico em Arte Dramática
Gazebo: foi o primeiro local do guiamento, havia vários tsurus, dois banners contando a história dos origamis de tsuru e um resumo sobre a exposição Aprendendo com Anne Frank, e também houve uma intervenção teatral.





Hall de Entrada: Os visitantes puderam ler o banner que conta um pouco sobre as pessoas que conviveram com Anne e 15 curiosidades sobre a adolescente.


Atrium: Explicação sobre a ideologia nazista e as simbologias.






5º andar: Intervenções teatrais





4º andar: Explicação sobre quem foi Josef Menguele e os quatro fascistas da época, e charges feitas de um modo critico de imagens simbólicas



Charges feitas por Gracieli Moreira




3º Andar:  Intervenções teatrais




2° andar: Destruição e Reconstrução da Europa




1° andar: Na vitrine da biblioteca ficaram os livros sugeridos para leitura sobre o período da Segunda Guerra Mundial. Dentro da biblioteca havia um sapato holandês com frases relacionadas ao diário de Anne, além disso haviam réplicas, como o diário da Anne Frank, e na pequena salinha da biblioteca foi feito uma réplica do quarto da Anne, nesse quartinho foi passado um vídeo de 3m sobre bombardeios e captura dos indesejados. 
Alunos do curso Técnico em Guia de Turismo do período da noite


Feito por Marito Cavicchioli







 A cena final das intervenções teatrais ocorreu na biblioteca, era a cena onde capturam Anne e sua família.





Curiosidades

- Os alunos do curso Técnico em Guia de Turismo do período da tarde se voluntariou para fazer o guiamento da exposição.

- Todo conteúdo apresentado foram pesquisas feitas pelos alunos do curso Técnico em Guia de Turismo do período da noite.

- São duas turmas no período da noite do curso Técnico em Arte Dramática, e ambos trabalharam em equipe para fazer a apresentação, e alguns alunos se voluntariaram e foram no período da tarde.

- A réplica do quarto da Anne Frank foi feito pelos alunos do curso técnico em Design de Interiores.

- O vídeo projetado para os visitantes foi feito pelos alunos do curso Técnico em Computação Grafica.

- Os tsurus no gazebo foram feitos pelos alunos de Aprendizagem.


Durante o nazismo os alemães que eram contra, criaram várias formas de protesto, um deles foi usar a tulipa amarela em suas roupas pois isso significava que era contra o Nazismo, um “inimigo político”, e que os judeus poderiam procurar ajuda com aquela pessoa. Amarela porque era a cor utilizada para a estrela de Davi usada pelos judeus. Quando os soldados nazistas descobriram o significado da tulipa amarela os alemães que usavam eram classificados como inimigos políticos. Na realidade a tulipa é turca, inclusive durante muito tempo ela só era cultivada nos jardins do sultão, porém elas foram posteriormente levadas à Holanda lá se tornou mais famosa, é símbolo do próprio país!


Vídeo da turma 10

       
Rita Aguilar - Programa Extravasa  




Não podíamos de deixar de prestar uma homenagem para a Bibliotecária Rita Aguilar do Senac – Piracicaba, pois, foi quem teve a brilhante ideia da Feira de Troca de Livros abordando o tema da Consciência Negra, e propôs a nós alunos de Guia de Turismo unificar a ideia do evento SenAfro e a Feira de Trocas de Livros. E além disso, nos deu todo apoio e ajuda necessária na elaboração do evento.
Rita Aguilar é uma pessoa maravilhosa e uma profissional digna da mais profunda admiração, tanto pela sua determinação e amor com que faz seu trabalho. Registramos aqui o carinho e a gratidão de todos os alunos, somos gratos pela ajuda na elaboração do evento, e somos ainda mais gratos pelo trabalho em equipe como foi feito.